AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como Derrame Cerebral, é uma doença crônica e não transmissível. O evento acontece quando os vasos sanguíneos cerebrais entopem ou se rompem, causando paralisação na área cerebral sem a circulação de sangue.

No Brasil, são registradas cerca de 68 mil mortes por AVC anualmente. A doença representa a primeira causa de morte e incapacidade no País, o que gera grande impacto econômico e social.

O AVC é uma das principais causas de internações, mortes e incapacidades em todo o mundo, tendo sua maior incidência em homens, do que em mulheres. Além disso, existem dois tipos de AVC:

  • Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) ? ocorre pela falta de oxigênio nas células cerebrais, quando há obstrução de alguma artéria. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.
  • Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) ? ocorre pelo sangramento numa parte do cérebro, quando há rompimento de algum vaso sanguíneo. 

A doença cerebrovascular atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano. Dessas, seis milhões morrem. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença. 

SINTOMAS

Para os dois tipos de AVC, os principais sinais de alerta são:

  • Fraqueza de um lado do corpo;
  • Dificuldade para falar;
  • Perda de visão;
  • Perda da sensibilidade de um lado do corpo;
  • Alterações motoras;
  • Paralisia de um lado do corpo;
  • Distúrbio de linguagem;
  • Distúrbio sensitivo
  • Alteração no nível de consciência.

Um em cada quatro pacientes que já sofreu um AVC terá outro.

Caso qualquer um desses sintomas apareça, é fundamental ligar para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU – 192), Bombeiros (193) ou levar a pessoa imediatamente a um hospital para avaliação clínica detalhada. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores serão as chances de sobrevivência e recuperação total.

CAUSAS

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), o mais comum, se divide em quatro grupos, com causas distintas.

  • AVC isquêmico aterotrombótico: provocado por doença que causa formação de placas nos vasos sanguíneos maiores (aterosclerose), provocando a oclusão do vaso sanguíneo ou formação de êmbolos.
  • AVC isquêmico cardioembólico: ocorre quando o êmbolo causador do derrame parte do coração.
  • AVC isquêmico de outra etiologia: é mais comum em pessoas jovens e pode estar relacionado a distúrbios de coagulação no sangue.
  • AVC isquêmico criptogênico: ocorre quando a causa do AVC isquêmico não foi identificada, mesmo após investigação detalhada pela equipe médica.

Segundo o Ministério da Saúde, o fumo é responsável por cerca de 25% das doenças vasculares, entre elas, o derrame cerebral.

Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) pode ser causado, principalmente, por pressão arterial alta e descontrolada e a ruptura de um aneurisma. Também devemos considerar fatores como ferimentos na cabeça ou no pescoço, distúrbios n coagulação de sangue e problemas cardíacos.


Existe uma outra condição chamada “Ataque Isquêmico Transitório” (AIT ou TIA, do Inglês) que é quando há interrupção temporária do fluxo sanguíneo, o que causa sinais e sintomas iguais ao AVC que se revertem espontaneamente em um curto período de tempo. O ataque isquêmico transitório não é tão grave quanto o AVC, mas deve ser encarado como um aviso de que algo está errado. Sua causa precisa ser descoberta e tratada, antes que o AVC ocorra.

DIAGNÓSTICO

É necessário estar atento aos sintomas para agir o mais rápido possível em casos de suspeita de AVC. O diagnóstico da doença é feito através de exames de imagem, que permitem a identificação da área do cérebro afetada e o tipo de evento ocorrido (AVCI ou AVCH).  

TRATAMENTO

Apesar das medidas para diminuir o risco de ter um acidente vascular cerebral, alguns pacientes não conseguem evitar o problema e precisam de tratamento. Veja como é o tratamento em cada um dos tipos de AVC:

  • Acidente vascular cerebral isquêmico – o tratamento consiste em desobstruir o vaso cerebral afetado, normalizando a circulação cerebral. Quanto mais rápido for iniciado, maiores as chances de salvar os neurônios que estão em sofrimento, o que diminui muito ou até evita as sequelas do AVC.
  • Acidente vascular cerebral hemorrágico – o tratamento cirúrgico pode ser necessário para conter a hemorragia. Depois de estabilizada a situação, o tratamento se concentra na prevenção de um novo derrame e na recuperação das funções afetadas. As áreas do cérebro afetadas pelo AVC podem se reconstituir aos poucos se receberem os estímulos certos. Por isso, programas de reabilitação são muito importantes, pois ajudam o paciente a retomar atividades diárias e funções que ficaram comprometidas.


Os três primeiros meses após o evento são fundamentais para a recuperação da independência e, para isso, um Cuidador de idosos ou familiar, se torna indispensável para auxiliar o paciente na rotina do seu dia-a-dia.

PREVENÇÃO

Você deve estar atento aos fatores de risco que contribuem para o aparecimento de um AVC, como Hipertensão Arterial, Diabetes, Tabagismo, Obesidade, Sedentarismo, Dislipidemia (alteração nos níveis de colesterol e triglicérides) e arritmias cardíacas. Há fatores que não podemos mudar, como a idade, raça, constituição genética e o sexo.No entanto, há uma série de medidas que podemos adotar para prevenir um AVC. Dentre elas, a principal é adotar hábitos saudáveis, como:

  • Não fumar;
  • Não consumir álcool;
  • Não fazer uso de drogas ilícitas;
  • Manter alimentação saudável;
  • Manter o peso ideal;
  • Beber bastante água;
  • Praticar atividades físicas regularmente;

Caso apresente algum sintoma de derrame ou sinta dúvida sobre o assunto, não hesite em procurar um médico. Ele poderá pedir exames e avaliar o seu caso, além de orientar sobre como evitar um derrame.

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