ALZHEIMER – CONHEÇA A DOENÇA

O QUE É?

O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que, gradualmente, causa perda de funções cognitivas, como a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. Estes aspectos reduzem as capacidades do indivíduo, desde suas relações pessoais até o comportamento e personalidade.


Inicialmente, a doença afeta a memória recente, de modo que é possível lembrar de fatos e acontecimentos de anos atrás, mas esquece de acontecimentos mais atuais, como, por exemplo: uma refeição que acabou de fazer.


Conforme a doença avança, a tendência é afetar, cada vez mais, as capacidades do indivíduo, tornando necessária a ajuda de algum familiar ou cuidador para suas rotinas básicas, como a higiene pessoal, alimentação e o uso correto de medicação.

O Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população. A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.

ESTÁGIOS DA DOENÇA

O Alzheimer é caracterizado principalmente por sua capacidade evolutiva dos sintomas. No entanto, a progressão da doença pode variar de indivíduo para indivíduo, podendo ter maior ou menor estabilidade. A evolução da doença pode ser dividida em três fases: 

I) ESTÁGIO INICIAL

No estágio inicial dificilmente as pessoas próximas percebem a doença, alegando que os sintomas fazem parte da idade avançada, o que aparenta ser “normal” no processo de envelhecimento. O que dificulta a precisão do diagnóstico é a sua evolução gradual.


Inicialmente, a pessoa pode apresentar os seguintes sintomas:

  • não lembrar de acontecimentos recentes;
  • apresentar desinteresse por seus hobbies e passatempos;
  • mudança de humor, ansiedade e depressão;
  • apresentar raiva e reagir com agressividade;
  • não saber a hora ou dia da semana;

II) ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO

Com a evolução da doença, as limitações ganham evidência e o doente pode apresentar:

  • esquecimento de nomes e fatos importantes;
  • dificuldade na fala e sua articulação;
  • perder-se em casa ou fora de casa;
  • dificuldade nas atividades do dia-a-dia;
  • necessidade de auxílio para sua higiene pessoal e autocuidado;
  • incapacidade de cozinhar, fazer compras ou até mesmo de morar sozinho;
  • inquietação, irritabilidade e agressividade;
  • desconfianças;
  • alucinações (visuais e auditivas);

Especialmente nesta fase da doença, é fundamental que o doente tenha acompanhamento permanente de um familiar e/ou um cuidador profissional, pois perde sua autonomia. Recomenda-se, inclusive, que o familiar responsável solicite sua interdição e assuma sua tutela para garantir sua integridade física e patrimonial.

III) ESTÁGIO TERMINAL

O estágio avançado da doença é a fase mais grave, pois o doente se torna cada vez mais dependente, podendo apresentar:

  • incapacidade para se comunicar;
  • não reconhecer familiares e amigos;
  • dificuldades na alimentação;
  • incontinência urinária e fecal;
  • dificuldade para caminhar;
  • comportamentos inadequados;

DIAGNÓSTICO

Em função da doença apresentar uma evolução gradual, é comum que familiares e amigos confundam os sintomas com as consequências naturais do envelhecimento, fazendo com que a busca por ajuda profissional e especializada seja tardia e, consequentemente, dificulte o tratamento. É recomendado que a procura por ajuda médica aconteça sempre que houver qualquer sintoma da doença.


Vale lembrar que o diagnóstico concreto do Alzheimer se dá através de exame no tecido cerebral, apenas após o falecimento. Antes disso, não é recomendado o exame, pois apresenta grandes riscos ao paciente. Na prática, o diagnóstico acontece de forma clínica, com a avaliação de um médico, capaz de definir, a partir de exames e do histórico de saúde, qual a principal causa da demência.

TRATAMENTO

O Alzheimer não tem cura, apenas tratamento, que tem o objetivo de retardar a evolução da doença e preservar pelo maior tempo possível as funções intelectuais do paciente. Quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor será o resultado do tratamento.


Tendo em vista que a doença é progressiva e faz com que o doente passe por estágios diferentes conforme sua evolução, deve-se procurar o médico periodicamente (indica-se 3 a 6 meses) para verificar a eficácia do tratamento iniciado e sua reavaliação. É recomendado que o tratamento com, enquanto apresentar resultados positivos, não seja suspenso, mantendo-se as doses diárias, respeitando os intervalos prescritos. Toda e qualquer administração irregular compromete de forma significativa o resultado final.


Os resultados do tratamento são de difícil avaliação, afinal, a doença é progressiva. Por este motivo, familiares e o cuidador de idosos devem registrar por escrito a evolução dos sintomas. Faça perguntas simples e analise as respostas, fique atento para perceber e registrar:

  • A memória está melhor?
  • Os afazeres diários são cumpridos com mais facilidade?
  • O quadro está estável?
  • O declínio ocorre de forma mais lenta do que antes da medicação?

Sem essas anotações fica impossível avaliar a eficácia do tratamento.

MEDICAMENTOS

Existem medicamentos que são capazes de minimizar os distúrbios da doença, mas que devem ser prescritos pela equipe médica responsável pelo paciente. O tratamento medicamentoso tem o objetivo de estabilizar o comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades diárias, buscando o mínimo de efeitos adversos.

No intuito de proporcionar melhor qualidade de vida para as pessoas que sofrem com o Alzheimer, o Ministério da Saúde disponibiliza, nas unidades de saúde do país, o Rivastigmina, medicamento adesivo trasndérmico que atua no tratamento do Alzheimer. Este tratamento está previsto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT)  desta condição clínica, que além do adesivo, preconiza o uso de medicamentos como:

Donepezila

Galantamina

Rivastigmina

Memantina

PREVENÇÃO

Ainda não há uma forma de prevenção específica para o Alzheimer, mas os médicos acreditam e recomendam manter a cabeça ativa e uma boa vida social, com bons hábitos e estilos, pois desta forma é possível retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença.Com isso, para prevenir não só o Alzheimer, mas outras doenças como diabetes, hipertensão e câncer, por exemplo, recomenda-se:

  • Manter uma alimentação saudável
  • Não fumar
  • Não consumir bebida alcoólica
  • Fazer exercícios físicos e cognitivos regularmente
  • Realizar atividades em grupo
  • Estudar, ler, pensar e conversar muito

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